Vendido por US$ 315 mi, Huffington Post terá versão brasileira

Com colaboradores ilustres e uma cobertura segmentada, o blog liberal americano Huffington Post, cuja venda foi anunciada nesta segunda-feira, não apenas se tornou lucrativo como despertou o interesse de uma das maiores companhias de internet dos Estados Unidos, a AOL.
A AOL anunciou que comprará o HuffPost, como é conhecido, por US$ 315 milhões (R$ 527 milhões), alguns meses depois de o blog, criado em 2005, ter começado a dar lucros a seus criadores. Também foi anunciado nesta segunda-feira que o próximo empreendimento do blog será uma versão brasileira, o HuffPost Brazil. Trata-se, segundo a criadora e editora-chefe Arianna Huffington, do primeiro lançamento de uma versão internacional do site.
Versões segmentadas são, inclusive, uma das apostas do HuffPost, que conta com sites específicos para algumas cidades dos EUA (Nova York, Los Angeles, Denver e Chicago) e recebe a colaboração de cerca de 9 mil blogueiros voluntários, muitos deles anônimos.
Mas a celebridade de alguns de seus colaboradores, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a secretária de Estado, Hillary Clinton, e a cantora Madonna, é considerada um fator-chave para o sucesso do Huffington Post, que tem hoje uma audiência estimada em 25 milhões de visitantes únicos por mês.
Outro ponto forte é a criação de uma comunidade online com dezenas de milhares de leitores, comentam as matérias e as compartilham nas redes sociais.
Expansão
O blog começou em 2005, com cobertura do noticiário político sob uma ótica liberal. Depois, expandiu-se para temas variados, como celebridades, fofocas, gastronomia e literatura.
Com a compra do HuffPost pela AOL, os dois grupos pretendem formar um gerador de conteúdo que abocanhe 270 milhões de internautas mensalmente no mundo.
A aquisição fará de Arianna Huffington a chefe de conteúdo da AOL, sendo responsável também por outros sites, como Engadget e TechCrunch.
O objetivo da AOL com o negócio é avançar em seu conteúdo jornalístico e, por meio de vendas de anúncios publicitários, compensar suas perdas em seu serviço de internet discada e em sua desastrosa fusão com a gigante do entretenimento Time-Warner. A fusão se dissolveu em 2009.
O fracasso do negócio faz com que alguns observadores sejam cautelosos ao avaliar a compra do HuffPost. Outros apontam que, ao colocar Arianna Huffington como sua representante pública, a AOL arrisque sua tradição apartidária, avalia o jornal The New York Times.
A editora-chefe disse que a linha editorial do blog não mudará após sua aquisição. "O Huffington Post continuará no mesmo caminho que tem trilhado nos últimos seis anos, mas agora à velocidade da luz, ao se combinar com a AOL", disse Huffington, em comunicado conjunto com a empresa de internet.
O negócio será selado entre março e abril, caso seja aprovado pelas autoridades reguladoras dos Estados Unidos.

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