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O Google acusou nesta terça-feira o rival Bing, ferramenta de buscas da Microsoft, de copiar os seus resultados de pesquisa. O chefe da equipe principal que desenvolve o sistema de buscas do Google, Amit Singhal, afirmou que a concorrente estaria “trapaceando”.
Para provar a acusação, o Google lançou mão de um recurso chamado “consulta sintética”: na prática, isso equivale a colocar palavras inventadas no sistema. Em circunstâncias normais, elas não deveriam retornar resultados nos mecanismos de busca, uma vez que jamais haviam sido escritas. Aos neologismos, o Google afirma ter associado uma página com supostos resultados de busca. Um exemplo: o termo “delhipublicschool40 chdjob” provocaria a exibição da página de uma cooperativa de crédito. Após duas semanas, segundo o Google, o Bing passou a apresentar os mesmos resultados de busca para os termos inventados.
A resposta reagiu, dizendo que seu mecanismo de buscas não copia resultados do Google. A empresa também afirmou que sua ferramenta de pesquisa utiliza mais de mil critérios para determinar suas respostas. Uma delas seria o histórico de buscas e de páginas visitadadas pelos usuários, recolhidos pelo Bing Toolbar e o Suggested Sites, ferramentas opcionais do Internet Explorer, navegador da Microsoft.
O burbirinho cresce na internet. Analistas acreditam que a Microsoft recolhe as informações e as envia ao Bing. Contudo, como a maior parte dos usuários recorre às pesquisas do Google, os dados enviados para o mecanismo rival são determinados pelos resultados da busca do líder do mercado.
Em meio ao embate, Frank Shaw, chefe de comunicação da Microsoft, também disparou na direção do rival, via Twitter: “Não sejam enganados. O Google quer desviar atenção do fato de estarem sendo investigados pelos Estados Unidos e pela Europa por manipular resultados de busca.” Shaw também acusou o Google de mandar seus desenvolvedores influenciar os resultados do Bing.